Acompanhe a jornada de uma jovem americana de 17 anos ao acompanhar a 41ª Expedição dos Expedicionários da Saúde no Maranhão
Por Audrey Jane Moore
Antes de 3 de setembro de 2018, fazia sete anos desde minha última vez no Brasil. Não tenho certeza o que eu estava esperando depois de tantos anos longe, mas certamente não era para ser tão bem recebida em um grupo de voluntários dedicados e apaixonados como se eu fosse da família.
Quatro vôos de avião e uma dúzia de voluntários depois, estávamos embarcando em um ônibus. Eu não tinha ideia de onde estávamos indo, e parecia que nem a maioria dos meus colegas. A maioria parecia estar simplesmente aproveitando o passeio, com total fé no “plano”.
Quando entramos em São José, a área de conservação onde estaríamos operando pelas próximas duas semanas, fiquei confusa. Eu meio que esperava ver a selva, bebês pintados e nus e pássaros exóticos. Na realidade, encontrei casas de concreto com antenas parabólicas, garotas de shorts e galinhas domesticadas.
Em uma conversa com o fundador da organização, Dr. Ricardo, aprendi que, embora essa seja a expedição mais acessível até hoje, a necessidade no Maranhão, o estado mais pobre do Brasil, é imensa. E para atender a essa necessidade, havia engenheiros, eletricistas, enfermeiras de esterilização e todos os profissionais especializados imagináveis para montar um hospital do zero. Todo voluntário sabia exatamente o que eles deveriam fazer. Uma farmácia totalmente organizada apareceu como num piscar de olhos.
O que eu fiz durante tudo isso? Muito pouco. Eu cortei as amarras nas caixas e ajudei a varrer o centro. Numa organização com funções tão especializadas e tantos voluntários dispostos, foi difícil encontrar tarefas adequadas à minha capacidade. No entanto, quando as operações começaram, fui colocada para trabalhar na área de esterilização, lavar e compilar kits de tesouras de sutura, pinças anatômicas. Em apenas uma curta sessão de treinamento, e graças às abrangentes instruções, uma jovem de 17 anos foi capaz de ser útil em um centro cirúrgico.
Na semana seguinte, vi centenas de pacientes chegarem para exames, cirurgias e medicação. Uma vez esses pacientes chegaram, eles foram tratados com o maior respeito. Os cegos foram guiados por voluntários e avaliados. Os pacientes receberam cirurgia e muito mais.
Fiquei tão impressionada com os esforços feitos pela EDS para proteger, mas ainda aprender com a cultura indígena. Grupos de Cricaqi e brasileiros reuniram-se em verdadeira camaradagem para competir em uma corrida de revezamento em que uma flecha tomou o lugar de um bastão. Os moradores de São José agradeceram os voluntários realizando uma dança e presenteando colares artesanais.
Os dias podem ter sido longos, mas um bom trabalho foi feito e nos divertimos. Eu agora sei porque os voluntários são tão apaixonados por trabalhar com a EDS. É verdadeiramente único, recompensador e uma organização inspiradora. Sou imensamente grata por ter tido a oportunidade de participar do expedição, e estou ansiosa para ser voluntária com eles novamente.
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